Seja muito bem-vindo ao podcast Lentes e Lentilhas. Eu sou Erico de Sá e este aqui é o canal onde você aprende sobre fotografia sem complicação.

No programa de hoje vamos falar sobre o que talvez seja o acessório fotográfico mais controverso da fotografia. Então, se prepare porque o tema hoje é polêmico!

E aí? Você já sabe de qual acessório eu estou falando?

Se você pensou no copinho difusor, parabéns! É sobre ele que nós vamos conversar hoje. Vamos entender como ele realmente funciona e em quais usos ele não é indicado.

Primeiramente, precisamos entender o conceito de luz dura e luz difusa.

Luz dura e luz difusa

A luz dura é definida como uma fonte de luz pequena em relação ao assunto. Ela produz sombras bem definidas e gera maior contraste.

Já a luz difusa, ou suave, é de uma fonte de luz grande em relação ao assunto. Ela como que envelopa o assunto e produz sombras mais curtas, com um gradiente suave na transição para as áreas iluminadas.

Não existe certo e errado: não quer dizer que luz dura é ruim e luz difusa é boa. É possível fazer fotos muito interessantes também com luz dura.

O que acontece é que, por ser mais fácil de trabalhar, a luz suave é quase sempre a mais escolhida e produz resultados que agradam mais ao público em geral. Dessa forma, se você quer trabalhar com luz suave, deve buscar uma fonte de luz grande.

O copinho difusor realmente produz uma luz suave?

Agora, observando a cabeça do flash, você vai perceber que ela é pequena, pelo menos em relação a uma pessoa. Por isso nós podemos afirmar que o flash tem uma luz dura.

Para mudar a característica da luz do flash é que usamos acessórios como sombrinha, softbox, entre outros.

Então, se você olhar para o tamanho do copinho difusor, vai perceber que ele não altera de forma significativa o tamanho da área de luz.

Na prática, isso quer dizer que o copinho difusor não tem a função de fazer a luz do flash ficar mais suave.

Então, afinal de contas, como é que ele funciona?

Como realmente funciona o copinho difusor?

Quando a luz bate na superfície do difusor ela é espalhada em direções diferentes. É como se fosse um abajur. Se você tirar aquela cúpula do abajur, a lâmpada vai ficar exposta e você vai ter uma luz dura.

A função da cúpula é de espalhar a luz em todas as direções. Dessa forma, a luz ilumina o ambiente de direções diferentes.

O mesmo acontece com o copinho difusor. Ele espalha a luz pelo ambiente, iluminando o assunto de direções diferentes.

Na fotografia, isso significa uma diminuição do contraste, ou seja, a suavização das sombras causadas pelo flash.

Indicações de uso

Se você trabalha na área de eventos você pode se beneficiar desse acessório. Normalmente os espaços de eventos não são bem iluminados para fotografia. Com o copinho difusor você pode usar o flash em cima da câmera e ter mais mobilidade.

Nessa situação o flash está sendo usado para clarear o ambiente, o que é diferente de iluminar uma cena. Quando você está fazendo um ensaio, por exemplo, você tem condições de planejar o que vai ser a sua luz principal, preenchimento, luz de recorte…

Já em um evento você só está usando o flash para adicionar a luz que falta ao ambiente para ter uma foto minimamente aceitável. O difusor ajuda a deixar a luz do flash com menos contraste, espalhando a luz e fazendo o assunto ser iluminado em direções diferentes.

Mas é claro que existem outras situações em que ele não é indicado.

Situações em que o uso do difusor não é indicado

  • Ambiente com teto muito alto: já que a luz não tem intensidade suficiente para refletir lá em cima e voltar até o seu assunto. Em geral, o flash rebatido é mais eficiente em ambientes com teto de até 3m de altura.
  • Salões de festa com cobertura de telha cerâmica: Além do teto estar em ângulo, a cor das telhas vai gerar uma luz muito avermelhada que vai comprometer a qualidade de cor das suas fotos.
  • Ambientes com paredes ‘vivas’: Ambientes com paredes ‘vivas’. Hoje é comum decorar a parede com plantas. Se o flash atingir as folhas, vai gerar uma luz esverdeada que vai contaminar o tom de pele das pessoas. Esse é um trabalho que você não vai querer ter na pós-produção.
  • Ambientes externos: E é claro, nunca, em hipótese alguma, use o difusor em ambientes externos. Ali ele não vai funcionar, porque simplesmente não existem paredes ou teto onde a luz possa refletir. Na verdade, você está desperdiçando luz, já que boa parte dela vai ser desviada para longe do assunto que você está fotografando.

Em situações como essa é melhor você usar o flash direto mesmo. Uma dica é você ajustar a sua fotometria para ter o máximo de luz ambiente possível e usar o flash apenas como luz complementar para suavizar as sombras. Dessa forma ele não vai ficar tão marcado e a foto não vai sair com aquele efeito chapado.

Conclusão

Agora eu quero saber a sua opinião: você acha que o copinho difusor é um acessório útil? Em que outras situações você acha que ele é indicado.

Eu espero que você tenha gostado de mais essa dica. Não deixe de se inscrever no nosso canal e compartilhe essa informação para que ela possa alcançar mais pessoas e ajudar a nossa comunidade a crescer.

Eu vou ficando por aqui, muito obrigado por ter ouvido esse episódio e até o próximo programa!


copinho difusor - o acessório mais incompreendido da fotografia | Podcast #28

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