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Cinco mentiras sobre fotografia que (quase) todo mundo acredita

Vamos desvendar cinco mitos que você já deve ter ouvido falar sobre fotografia.

Teleobjetivas achatam planos

Esse conceito de compressão de planos é muito mal explicado. Quando você altera o comprimento focal de uma objetiva está apenas ampliando ou reduzindo uma porção da imagem.

A relação do primeiro plano com o plano de fundo se dá pela distância, e não pelo comprimento focal. Para saber mais, veja a comprovação no vídeo a seguir:


Fotômetro externo é coisa do passado

Você já deve ter ouvido falar que na fotografia digital o fotômetro externo não é mais necessário.

Isso é um engano, pois ele é muito útil na medição da luz contínua e mais ainda na medição do flash.

Na função flashmeter ainda é o único instrumento capaz de medir a luz do flash. Por isso, se você quer ter controle total sobre a luz, aprenda a usar o flashmeter. Você só tem a ganhar.


O certo é colocar o ponteiro do fotômetro sempre no ‘zero’

Se você tem o costume de ‘zerar’ o fotômetro da sua câmera em todas as cenas, na verdade você só está repetindo o que a câmera faz no modo automático.

O zero é apenas um ponto de referência. Se você fotografa em modo manual é você quem deve julgar se a medição da câmera vai indicar um valor positivo ou negativo em relação ao ponto médio.

Nem sempre colocar o ponteiro no ‘zero’ é a melhor opção.


Use grandes aberturas do diafragma para desfocar o fundo

O efeito de fundo desfocado é muito desejado porque isola o assunto principal do plano de fundo, conduzindo o olhar do observador para o ponto mais importante da cena.

O problema é que quando você usa a abertura do diafragma no máximo, na verdade você está diminuindo a profundidade de campo. Com isso, fica mais difícil de cravar o foco.

Além do mais, o ponto ótimo da objetiva sempre está nas aberturas próximas a f/8. Então, ao usar aberturas muito grandes você está também comprometendo a nitidez das suas imagens.

Ao invés disso, experimente controlar a profundidade de campo usando a relação de distâncias e o comprimento focal. Dessa forma, você vai ter muito mais segurança de foco e melhor nitidez das imagens.



Use o flash no modo HSS para congelar o movimento da cena

Embora o nome High Speed Sync sugere alguma coisa relacionada a velocidade, isso não tem relação com a captura do movimento da cena.

O recurso do HSS só deve ser usado em casos onde você quer usar o flash junto com a luz do sol.

Se você escolheu trabalhar com um diafragma mais aberto em um dia ensolarado, vai ter que compensar a entrada de luz em excesso por diminuir o ISO

Se somente abaixar o ISO não for suficiente para a abertura selecionada, então vai ser necessário diminuir o tempo de exposição.

Porém, ao usar o flash, o tempo de exposição é limitado pelo sincronismo entre flash e obturador, limitando o seu valor máximo.

A solução é usar o HSS para ‘quebrar’ a barreira do sincronismo e permitir usar o flash em qualquer valor de tempo de exposição.

Com isso o flash dispara como se fosse uma luz contínua, permitindo iluminar a cena sem deixar aquelas faixas pretas na foto.

Vale lembrar que o recurso do HSS diminui consideravelmente o alcance do flash.

Qualquer outro uso do HSS fora das condições acima não se justifica.



Conclusão

Você acha que essa lista pode aumentar? Já ouviu falar sobre esses ou outros mitos? Comente com a gente e ajude a produzir material de qualidade para a nossa comunidade.

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